Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 5 de 5
Filter
1.
Rev. psicanal ; 26(3)dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1050551

ABSTRACT

Para Ferenczi, em grande sintonia com o pensamento de Freud, a introjeção foi inicialmente um conceito fundamental no desenvolvimento psíquico da criança e indispensável para diferenciar o funcionamento neurótico de outras patologias. Além disso era uma noção essencial para teorizar a dinâmica transferencial na relação analítica. No entanto, ao final de sua obra, ao reavaliar a importância do trauma, da confusão de línguas entre o adulto e a criança e entre o analista e o paciente, ao conceitualizar as noções de identificação com o agressor e de introjeção do sentimento de culpa nas síndromes pós-traumáticas e, principalmente, ao sublinhar a importância decisiva que adquire a desmentida e a cisão do Ego na dinâmica do trauma, Ferenczi modifica e enriquece enormemente sua primeira contribuição. Justamente sua última contribuição à psicanálise, refletida nas derradeiras notas do Diário clínico, é um neologismo interessante que Ferenczi define como intropressão, consistindo na tentativa de conjugar a introjeção com os efeitos violentos suscitados na mente da criança em decorrência da irrupção inesperada do Superego parental e dos adultos em geral. Esta dinâmica, além disso, lamentavelmente não deixa de estar presente em algumas modalidades patológicas da relação analítica. Esta última concepção de Ferenczi foi continuada e completada de maneira brilhante por Abraham e Torok em seu conceito do crime da introjeção, a que se dedica a última parte do presente trabalho (AU)


To Ferenczi, whose thinking was largely in line with that of Freud, introjection was initially a fundamental concept in the psychic development of the child and was necessary to distinguish the neurotic functioning from other pathologies. Furthermore, introjection was a crucial notion for the theorization of the transference dynamics in the analytic relationship. However, in his final works, Ferenczi modified and expanded his first contribution, since he reassessed the importance of trauma and the confusion of tongues between the adult and the child and between the analyst and the patient; he conceptualized the notions of identification with the aggressor and of introjection of the guilt feeling in posttraumatic disorders and also underlined the decisive importance that disavowal and ego-splitting have in the dynamics of trauma. In his last contribution to psychoanalysis, condensed in the notes of his Clinical Diary, Ferenczi presented indeed an interesting neologism that he defined intropression, consisting in the attempt to combine introjection with the violent effects arisen in the child's mind after the unexpected irruption of the parental Superego and of adults in general. That dynamics is unfortunately present in some pathological modalities of the analytic relationship. The latter notion introduced by Ferenczi was brilliantly developed and completed by Abraham and Torok in their concept of crime of introjection to which the last part of this paper is dedicated


Para Ferenczi, muy en sintonía con el pensamiento de Freud, la introyección fue inicialmente un concepto fundamental en el desarrollo psíquico del niño e indispensable para diferenciar el funcionamiento neurótico de otras patologías. Además resultaba una noción esencial para teorizar la dinámica transferencial en la relación analítica. Sin embargo, al final de su obra, al revalorizar la importancia del trauma, de la confusión de lenguas entre el adulto y el niño y entre el analista y el paciente, al conceptualizar las nociones de identificación con el agresor y de introyección del sentimiento de culpa en los síndromes post-traumáticos y sobre todo al subrayar la importancia decisiva que adquiere el desmentido y la escisión del yo en la dinámica del trauma, Ferenczi modifica y enriquece enormemente su primera aportación. Precisamente, su última contribución al psicoanálisis, reflejada en las postreras notas del Diario clínico es un neologismo interesante que Ferenczi define como intropresión y que era el intento de conjugar la introyección con los efectos violentos que suscita en la irrupción inesperada del super yo parental y de los adultos en general en la mente del niño. Esta dinámica además, no deja de estar presente lamentablemente en algunas modalidades patológicas de la relación analítica. Esta última concepción de Ferenczi fue continuada y completada brillantemente por Abraham y Torok en su concepto del crimen de la introyección, al que se dedica la última parte del presente trabajo


Subject(s)
Trauma and Stressor Related Disorders , Stress Disorders, Post-Traumatic , Guilt
2.
Estilos clín ; 24(2): 217-230, maio-ago. 2019.
Article in Portuguese | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1039850

ABSTRACT

O artigo apresenta uma trajetória de descoberta da riqueza das ideias ferenczianas: partindo de uma questão de manejo técnico da "identificação com o agressor" na clínica com crianças vítimas de abuso sexual, a autora se deparou com as visionárias ideias de Sándor Ferenczi em prol de uma flexibilidade na técnica analítica, com a finalidade de driblar a resistência de alguns pacientes ao método analítico ortodoxo. Tal proposta, mesmo não tendo sido estudada ou seguida pelas instituições psicanalíticas, serve, perfeitamente, para descrever o manejo da técnica analítica com adolescentes na contemporaneidade - tanto na renúncia à estrita observância da regra fundamental da associação livre, quanto na necessária disponibilidade do analista para conviver seja com o silêncio como modo de resistência do paciente, seja com suas atuações (acting out). Ao estímulo dado por Ferenczi aos analistas para prestarem atenção à força da resistência dos clientes e aos sentimentos mobilizados pela contratransferência, podem somar-se as prescrições acerca da confiança na franqueza e na sinceridade do analista diante das atitudes desconfiadas e antipáticas do paciente - recomendações que se encaixam, como uma luva, no campo minado em que se constitui o setting analítico com adolescentes, conforme será ilustrado por fragmentos de um caso clínico.


El presente artículo presenta una trayectoria de descubrimiento de la riqueza de las ideas ferenczianas: partiendo de una cuestión de manejo técnico de la "identificación con el agresor" en la clínica con niños y niñas víctimas de abuso sexual, la autora de deparó con las visionarias ideas de Sándor Ferenczi en pro de una flexibilidad en la técnica analítica, con la finalidad de driblar la resistencia de algunos pacientes al método analítico ortodoxo. Tal propuesta - aunque no haya sido estudiada o seguida por las instituciones psicoanalíticas - sirve, perfectamente, para describir el manejo de la técnica analítica con adolescentes en la contemporaneidad, tanto en la renuncia a la estricta observancia de la regla fundamental de la asociación libre, cuanto en la necesaria disponibilidad del analista para convivir sea con el silencio como modelo de resistencia del paciente o con sus actuaciones (acting out). Al estímulo dado por Ferenczi a los analistas para que presten atención a la fuerza de la resistencia de los clientes y a los sentimientos movilizados por la contratransferencia, pueden sumarse las prescripciones acerca de la confianza en la franqueza y en la sinceridad del analista delante de las actitudes desconfiadas y antipáticas del paciente - recomendaciones que se encajan, como un guante, en el campo minado en que se constituye el setting analítico con adolescentes, conforme se ilustrará por fragmentos de un caso clínico.


The article presents a trajectory of discovery of the richness of the Ferenczian ideas: starting from a question of technical management of the "identification with the aggressor" in the clinic with children victims of sexual abuse, the author came across the visionary ideas of Sándor Ferenczi in favor of a flexibility in the analytical technique, in order to overcome the resistance of some patients to the orthodox analytical method. Such a proposal, even though it has not been studied or followed by psychoanalytic institutions, perfectly serves to describe the management of analytic technique with adolescents in the contemporary world - both in renouncing the strict observance of the fundamental rule of free association and in the analyst's necessary availability to live with silence as a way of resistance of the patient, or with their acting out. Ferenczi's stimulus to analysts to pay attention to the strength of client resistance and the feelings mobilized by counter-transference may add to the prescriptions about trust in the frankness and sincerity of the analyst of the patient's suspicious and unfriendly attitudes. As will be ilustrated by fragments of a clinical case, the author's recommendations fit perfectly in the minefield in which the analytical setting with adolescents is constituted.


Subject(s)
Child Abuse, Sexual/psychology , Countertransference , Identification, Psychological
3.
Gerais ; 8(n.esp): [234-247], dez. 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-879546

ABSTRACT

O artigo procura apresentar a mudança ocorrida, nas duas últimas décadas, no perfil sintomatológico da clientela infantil que tem chegado à clínica social do Departamento de Psicologia da UFMG para tratamento psicoterápico de base analítica. O acompanhamento desses casos, em supervisão, permite-nos observar, com nitidez, a infiltração da violência social na infância: um número expressivo de crianças que frequentam esses tratamentos psicoterápicos foi vítima de traumatismos, seja por ter presenciado o assassinato dos pais, seja por ter sofrido violências físicas. Tal realidade traz, em si inevitavelmente, reverberações para os processos identificatórios em construção - consequência que evidencia o risco do crescimento da violência de modo exponencial, uma vez que a identificação com o agressor é, naturalmente, um dos efeitos dos processos de clivagem necessários para que a criança possa continuar dedicando obediência e amor àqueles adultos violentos, porque, afinal, eles são provedores de seu sustento físico e emocional.


The article focuses on presenting the changes occurred in the last two decades concerning the profile of infant clientele that arrive at the Department of Psychology clinic seeking psychotherapy. The monitoring of these cases, during supervision, allows us to clearly observe the impacts of social violence in childhood: a significant number of children attending these psychotherapeutic treatments were victims of trauma, or because they have witnessed their parents' being murdered, or even have suffered physical violence themselves. This reality inevitably brings with it reverberations for the identification processes in construction - a result that reflects the risk of the growth of violence in an exponential manner, since the identification with the aggressor is of course one of the effects of the cleavage processes that is required so that the child can continue obeying and loving those violent adults who are responsible for their physical and emotional sustenance.

4.
Rev. bras. psicanál ; 49(4): 73-89, out.-dez. 2015. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1251402

ABSTRACT

A autora esboça uma teoria sobre a constituição do supereu cruel na qual o inconsciente do objeto primário tem um papel preponderante. Em função da angústia ligada a seu núcleo paranoico, o objeto defende seu narcisismo atacando, inconscientemente, o narcisismo do infans com elementos-beta que podem ser caracterizados como tanáticos. O psiquismo em formação se defende desse ataque por meio de duas defesas primárias, a clivagem e a identificação com o agressor, que originam o núcleo psicótico a que chamamos supereu cruel. Dois fragmentos clínicos são usados para tentar reconhecer quais são e como agem os elementos-beta tanáticos. O primeiro permite identificar uma forma de abuso psíquico na qual o objeto obriga a criança a "pagar a conta" do trabalho psíquico que não consegue realizar. O segundo revela a relação entre as características do supereu cruel (ódio ao eu, controle tirânico, falta de empatia) e a intolerância do aspecto paranoico do objeto às manifestações da subjetividade do infans.


The author outlines a theory of the constitution of the cruel superego. The unconscious of the primary object has a leading role in this constitution. Because of the angst related to his own paranoid nucleus (paranoid core), the object defends his narcissism by unconsciously attacking the narcissism of the infans with beta elements that can be characterized as thanatic. The developing psyche defends itself from this attack by using two primary defenses: the cleavage and the identification with the aggressor. These defenses create the psychic core (psychic nucleus) we call cruel superego. The author presents two clinical vignettes in order to attempt to identify these beta elements, and to understand how they act. The first vignette allows us to recognize a form of psychic abuse in which the object forces the child to "pay the bill" for the psychic work that he or she cannot perform. The second vignette reveals the relationships between some features of the superego (hatred of ego, tyrannical control, lack of empathy) and the intolerance of the paranoid aspect of the object to the manifestations of the infans subjectivity.


La autora esboza una teoría sobre la constitución del superyó cruel en la que el inconsciente del objeto primario tiene un papel preponderante. En virtud de la angustia relacionada con su propio núcleo paranoico, el objeto defiende su narcisismo atacando inconscientemente el narcisismo del infans con elementos beta que se pueden caracterizar como tanáticos. La psique en formación se defiende con dos defensas primarias, escisión e identificación con el agresor, que originan el núcleo psicótico que llamamos superyó cruel. Se utilizan dos fragmentos clínicos para tratar de reconocer cuáles son y cómo actúan los elementos beta tanáticos. El primero nos permite reconocer una forma de abuso en el que el objeto requiere que el niño "pague la factura" del trabajo psíquico que no puede realizar. El segundo revela la relación entre las características del superyó (odio al yo, control tiránico, crueldad, falta de empatía) y la intolerancia de los aspectos paranoicos del objeto a las manifestaciones de la subjetividad del infans.

5.
J. psicanal ; 46(84): 153-167, jun. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-701955

ABSTRACT

Apresento uma visão panorâmica das obras de Herrmann e Bion. A intenção é iluminar a trajetória percorrida pelo pensamento crítico de ambos autores. A influência desses pensamentos será vista na forma de contar um caso clínico e na teorização utilizada. A teoria dos sonhos contida na obra de Herrmann e explicitada na de Bion (e, consequentemente, a teoria da consciência) é discutida. Dessa discussão nasce uma forma de compreender a clínica e de trabalhar com os pacientes que aproxima os autores.


I present a panoramic vision of the works of Herrmann and Bion. The intention is to illuminate the trajectory of critical thought traversed by both authors. The influence of their works will be noticed in the way a case study is exposed and in its theorization. Dream theory contained in Herrmann's work and made explicit in Bion's (and, consequently, consciousness theory) will be discussed. From this discussion, we weave a way to understand the psychoanalytic clinic, and to work with patients, which approximates the two authors.


Presento una visión panorámica de las obras de Herrmann y Bion. La intención es iluminar las trayectorias del pensamiento crítico de ambos autores. La influencia de sus pensamientos será vista en la forma de contar un caso clínico y a través de la teorización utilizada. La teoría de los sueños, contenida en la obra de Herrmann y explicitada en la de Bion (y, consecuentemente, la teoría de la consciencia), es discutida. De esa discusión nace una forma de comprender la clínica y de trabajar con los pacientes que aproxima los dos autores.


Subject(s)
Humans , Dominance-Subordination , Identification, Psychological , Psychoanalysis , Psychoanalytic Theory , Dreams/psychology
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL